A jornada do consumidor mudou. Se antes falávamos de um funil linear, hoje a realidade é um “ziguezague”, um percurso fragmentado que salta entre canais, pausa, volta e ignora etapas tradicionais. Os consumidores estão sobrecarregados com um excesso de escolhas e, para navegar nessa complexidade, estão adotando um novo tipo de assistente: a Inteligência Artificial.
Dados recentes mostram que essa não é uma tendência futura, mas uma realidade presente. No Brasil, 35% dos consumidores já utilizam IA para decidir o que comprar, um número que salta para impressionantes 60% na Geração Z.
Estamos testemunhando uma mudança de paradigma fundamental: a transição do B2C (Business-to-Consumer) para o B2AI2C (Business-to-AI-to-Consumer).
Nesse novo modelo, sua empresa não vende mais apenas para pessoas. Você precisa vender, em primeiro lugar, para os algoritmos e assistentes de IA que assessoram, influenciam e, em breve, tomarão decisões de compra autônomas em nome dos seus clientes.
Se a sua marca, seus dados e sua experiência não forem “compreensíveis” para uma IA, você corre o risco de se tornar invisível.
O que é o modelo B2AI2C?
O B2AI2C representa uma nova lógica de negócios onde a Inteligência Artificial atua como uma intermediária indispensável na jornada de compra. Isso se desdobra em dois níveis principais:
- A IA como Influenciadora: É o estágio atual. Consumidores substituem a busca tradicional (digitar no Google) por prompts conversacionais em uma IA (“Qual o melhor tênis de corrida para mim, considerando meu peso e tipo de pisada?”). A IA, então, vasculha a web e apresenta uma resposta curada. Se sua marca não estiver estruturada para ser encontrada e validada por essa IA, ela não será recomendada.
- A IA como Compradora (Compras autônomas): Este é o próximo grande salto. Falamos de IAs pessoais que recebem autonomia para tomar decisões de compra com base em regras, preferências e contexto definidos pelo usuário. (“Compre meu supermercado da semana, otimizando para saúde e custo” ou “Monitore o preço daquela passagem e compre quando baixar de X”). A pesquisa mostra que 70% dos brasileiros estão dispostos a comprar diretamente por IA , vendo-a como uma solução para a fadiga de decisão que 61% dos consumidores globais sentem.
Em ambos os cenários, o recado é claro: as empresas precisam começar a considerar a lógica de fazer negócios e vender para uma IA.
Como preparar sua marca para um mundo B2AI2C
Para que um algoritmo escolha seu produto, sua marca precisa falar a língua dele. Isso exige uma preparação estratégica em três frentes principais:
➧ A era da “Ultra-Personalização” e dos dados unificados
Inteligências Artificiais operam com base em dados. Para que uma IA confie na sua marca, ela precisa de acesso a informações estruturadas, consistentes e, acima de tudo, unificadas.
Não basta mais ser “omnichannel” (ter vários canais). É preciso alcançar o “comércio unificado” (unified commerce). Isso significa que seus canais, estoques, dados do cliente, meios de pagamento e promoções estão perfeitamente integrados.
Quando a IA de um cliente perguntar “Este produto está em estoque na loja física próxima?”, ela espera uma resposta instantânea e correta, que só é possível se seus sistemas de e-commerce e loja física estiverem em sincronia. Esses dados unificados são o combustível para a “ultra-personalização” que os algoritmos exigirão para tomar decisões em nome do consumidor.
➧ Comércio conversacional é a nova interface
Na era B2AI2C, a interface de compra deixa de ser um site de cliques e passa a ser um diálogo. O futuro do e-commerce é o “comércio conversacional“.
As IAs (e os humanos que as treinam) estão abandonando os “cliques frios” e adotando “prompts fluídos, conversacionais e responsivos”. A interface conversacional se torna um canal de suporte, se transformando em um “concierge digital” que recomenda, personaliza e vende.
Isso exige que as marcas invistam na “Tecnologia Afetiva“, a capacidade de reconhecer e responder a emoções humanas e contexto. Uma IA não vai recomendar uma marca cuja interação seja robótica, fria ou ineficiente. Ela buscará parceiros que demonstrem empatia e compreensão, pois clientes emocionalmente conectados geram um valor vitalício (CLV) 306% maior.
➧ Consistência: A linguagem universal dos algoritmos
Um algoritmo não consegue processar inconsistência. Se a sua marca oferece uma promoção em uma rede social, mas o chatbot do seu site não a reconhece, a IA do consumidor interpretará isso como um sinal de desorganização e falta de confiabilidade.
Para ser “compreensível” para um algoritmo, sua marca precisa de uma presença consistente em todos os pontos de contato. A informação sobre produtos, preços e políticas deve ser idêntica no seu aplicativo mobile, no seu e-commerce, nas suas redes sociais e nos seus sistemas internos.
No contexto da realidade “phygital” (físico + digital), essa consistência é essencial. A IA atuará como a ponte entre o mundo online e offline, e ela só pode funcionar com informações que sejam verdadeiras em ambos os universos.
O futuro das vendas é híbrido: Humano e algorítmico
A transição para o B2AI2C não elimina o fator humano; ela o redefine. As empresas estão só vendendo para algoritmos, mas usando-os para entender e servir melhor seus clientes humanos. A IA se torna a ferramenta que finalmente permite que as empresas encontrem as respostas que os consumidores querem, antes mesmo que eles percebam que estão procurando.
O desafio é imenso. Exige uma infraestrutura tecnológica capaz de unificar dados, gerenciar dezenas de canais de forma consistente e alimentar sistemas de IA com informações precisas em tempo real.
Para navegar nesta nova realidade, as empresas precisam de uma plataforma que seja a base para essa transformação. ASC SAC é a solução ideal para empresas que levam a sério o futuro B2AI2C. Como uma plataforma omnichannel avançada, ASC SAC unifica mais de 20 canais digitais, integrando o poder da Inteligência Artificial para criar experiências ricas, humanizadas e, o mais importante, “compreensíveis” para os algoritmos.
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